Suspensão fixa é permitida por lei?

No Brasil, a cultura de rebaixamento de carros é bastante popular e a suspensão fixa é uma das formas mais utilizadas para conseguir esse efeito. 

Entretanto, uma das principais dúvidas dos motoristas apaixonados por carros rebaixados é sobre a legislação de rebaixamento de veículos. Inclusive, muitos desses motoristas fazem parte de grupos exclusivos para compartilhar suas experiências e mostrar seus carros encostados no chão.

Os proprietários de carros rebaixados alegam que essa modificação traz mais estabilidade ao dirigir e melhora o desempenho do veículo, graças à aerodinâmica específica. 

Apesar desses argumentos técnicos, a maioria dos proprietários rebaixaram seus carros pela estética.

É possível rebaixar um carro substituindo sua suspensão normal por uma suspensão fixa, mas essa alteração pode trazer tanto vantagens quanto desvantagens para o carro. Confira neste post quais são elas e o que a lei diz sobre o assunto.

O que é a suspensão fixa?

O kit de suspensão fixa consiste em quatro molas e quatro amortecedores esportivos, que possibilitam o rebaixamento do carro de forma mais segura, garantindo benefícios na estabilidade, direção e frenagem. 

Diferente dos carros convencionais que já possuem uma altura definida, a suspensão fixa permite definir uma altura específica para o veículo, sem desrespeitar as normas de segurança e regulamentação local.

A suspensão fixa possibilita conquistar um rebaixamento esportivo sem ficar “fora da lei”. 

Além da suspensão fixa, é possível utilizar a suspensão a ar ou a suspensão a rosca para rebaixar o carro, cada uma com suas particularidades. 

Vantagens e desvantagens da suspensão fixa

Ao comparar com outras formas de rebaixamento, a suspensão fixa apresenta vantagens significativas, incluindo um nível maior de segurança, estabilidade e conforto para o carro. Ela é regulamentada por lei e geralmente é mais barata do que outras opções.

Por outro lado, a principal desvantagem da suspensão fixa é a impossibilidade de ajuste, o que é possível com outros tipos de suspensão, como a suspensão a ar ou a rosca. 

Além disso, a suspensão fixa é mais comum em carros que frequentam autódromos ou competições, pois são mais rígidas.

Em veículos mais pesados, o uso da suspensão fixa pode aumentar o desgaste das buchas e balanças, levando a um maior gasto com manutenção.

O Detran autoriza a mudança para a suspensão fixa, desde que seja respeitada a altura mínima de 10 centímetros em relação ao solo e que o conjunto de rodas e pneus não toquem em nenhuma parte do carro durante o esterçamento (girar o volante do automóvel para a esquerda ou para a direita). 

Essas regulamentações são importantes para garantir a segurança e a estabilidade do veículo, bem como a dirigibilidade adequada para o motorista.

Como regularizar um carro com suspensão fixa?

Fique atento, pois é preciso informar qualquer modificação da característica original de um carro ao órgão de trânsito do seu estado (Detran), e com o rebaixamento de carros não é diferente.

Nesse processo de aval o veículo será vistoriado por uma empresa credenciada pelo Detran. Lá, a empresa vai medir a altura do carro em relação ao ponto mais baixo. O automóvel também passará por um teste de esterçamento.

Com a aprovação da vistoria, o Detran vai colocar na documentação do veículo os dados sobre a altura em relação ao solo e mudança da suspensão.

É bom lembrar que essa mudança mexe diretamente com a estrutura do carro. Por isso, é importante escolher um profissional especialista para fazer essa alteração.

Veículos originais de fábrica passam por testes de durabilidade e desempenho. Então, ao mudar a suspensão, além de você assumir riscos que não foram testados pela montadora, ainda perderá a garantia do veículo. 

Por isso, evite altas velocidades, acima de 100km/h. Se um amortecedor estourar ou quebrar uma mola, você entrará em uma situação complicada quanto a sua segurança.