9 erros que você comete ao usar o cinto de segurança
Dicas
28/07/2022
Quando o assunto é salvar vidas no trânsito, o cinto de segurança é fundamental. No entanto, ainda existem motoristas e passageiros que insistem em utilizá-lo de maneira incorreta, aumentando as chances de sofrerem ferimentos graves ou mesmo fatais em um acidente.
Para ajudar você a não correr nenhum risco, trouxemos os 9 erros mais comuns ao utilizar o cinto de segurança, que podem ser evitados. Vamos lá?
1. Cinto de segurança sobre o pescoço
Ao afivelar o cinto, muitos motoristas não se atentam, e deixam a faixa passar sobre o pescoço.
Isso acontece quando o condutor não regula a altura do equipamento (o ajuste está posicionado na coluna B, entre a porta dianteira e traseira) ou em ocasiões em que o encosto do assento está muito reclinado.
O correto é que a faixa transversal do cinto passe sobre o ombro e atravesse o tórax. Para isso, o motorista deve ajustar a altura e manter o encosto mais próximo dos 90º.
2. Usar presilhas ou grampos
Algumas pessoas se sentem incomodadas com o cinto de segurança colado ao corpo e acabam utilizando uma presilha ou um grampo próximo ao retrator para afrouxar o cinturão.
Essa prática é extremamente perigosa e anula a eficiência máxima do dispositivo, pois em caso de uma colisão frontal, o corpo sofrerá um forte deslocamento antes de parar no cinto de segurança. Isso pode causar ferimentos na região do peito.
É como se houvesse uma segunda colisão entre o corpo do ocupante e o cinto.
3. Passar a faixa do tórax pelas costas
Quando não usam presilhas, motoristas e passageiros que se incomodam com o cinto de segurança, muitas vezes, utilizam um outro artifício perigoso: passar a faixa de tórax pelas costas, ficando preso apenas pela faixa subabdominal.
Neste cenário, o cinto de três pontos acaba perdendo muito da sua eficácia, possibilitando ferimentos mais sérios.
Além disso, essa prática é especialmente ruim para crianças, que podem ser projetadas por cima do cinto, escapando da proteção.
4. Faixa subabdominal na barriga
Tão importante quanto a faixa que passa pelo tórax, a subabdominal deve estar posicionada corretamente. Privilegiando o conforto em detrimento à segurança, muitas pessoas a colocam sobre a barriga, quando o correto é na região dos quadris.
Bem posicionada, a faixa subabdominal evita que o ocupante escorregue por baixo do cinto em uma colisão frontal.
5. Faixa torcida
Parece exagero, mas não é. Utilizar o cinto com a faixa torcida não é ideal e atrapalha o seu funcionamento correto.
Por isso, tanto no momento de afivelar, quanto no momento de soltar o dispositivo de segurança, preste atenção se a tira não torceu na região do tórax, no abdômen ou mesmo perto da fivela.
Caso não consiga ajustar novamente a faixa, a recomendação é buscar um serviço especializado e resolver o problema o quanto antes.
6. Objetos nos bolsos
Antes de entrar no carro e afivelar o cinto, faça uma vistoria nos bolsos da calça, camisa e blazer, e retire todos os pequenos objetos, especialmente os pontiagudos, como lápis, canetas e chaves.
Em uma batida forte, as faixas do cinto, tanto a de tórax, quanto a subabdominal, podem pressionar esses itens e causar ferimentos graves.
Já reparou como o painel, console e portas, bem como todos os controles, são feitos com botões arredondados, sem arestas e cantos proeminentes? Pois é. Tudo pensado para reduzir os riscos de lesões.
7. Usar o cinto de segurança muito folgado
A ideia é que o cinto te proteja e consiga conter freadas bruscas.
Então, nada de truques, o cinto pode até amassar a roupa, mas reduz em 45% a probabilidade de morte para quem usa no banco dianteiro, e em 75% para quem usa no banco traseiro em caso de um acidente.
8. Dividir o cinto de segurança com uma criança
Também pode acontecer que uma mãe suba ao seu carro, sente no banco da frente, ponha o filho no colo e coloque o cinto.
Segundo a legislação de trânsito, crianças devem andar no banco de trás e as regras de transporte de crianças variam de acordo com a faixa etária. Confira:
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Crianças de até 10 anos devem ser levadas no banco traseiro do carro.
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Bebês de até 1 ano de idade devem ser transportados no bebê conforto, de costas.
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Crianças de 1 a 4 anos devem ser transportadas na cadeirinha, presas com cinto.
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Crianças entre 4 e 7 anos devem ser levadas em assentos com elevação.
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Crianças de 7 a 10 anos devem utilizar apenas o cinto de segurança do automóvel.
9. Atenção com carros usados, seminovos e de leilões
Essa última dica é para quem compra carros usados, seminovos e até mesmo de leilões.
Veículos que sofreram forte sinistro ou foram vítimas de enchentes precisam ter os cintos de segurança substituídos, pois o desgaste dos componentes pode comprometer a resistência em um acidente.
Por isso, antes de comprar o carro desejado, faça um levantamento do histórico do modelo e, caso ele se enquadre em uma dessas situações, questione o proprietário sobre a manutenção do cinto e a eventual substituição.
Se ele não souber informar, verifique a etiqueta com os dados técnicos do cinto. Geralmente está localizada na parte inferior, junto ao assoalho. Lá consta o lote do produto, bem como a data de fabricação.
O uso do cinto de segurança é obrigatório
De acordo com a legislação, a não utilização ou utilização incorreta do cinto de segurança resulta em infração grave, acréscimo de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$195,23.
Além disso, a utilização do cinto de segurança é obrigatória para todos os ocupantes do veículo.